terça-feira, 10 de abril de 2012

Edisco



Entrámos na Edisco, na Maia, e desvendámos o interior de uma cassete. É a única fábrica da Península Ibérica que ainda as faz. Nos anos 80 e 90, saíam 15 mil por dia; hoje, nem sempre chegam às 300 por mês. Depende dos "rockeiros", diz Armando Cerqueira. Eles é que "movimentam o negócio".

Fundada em 1979, a Edisco, herdeira da Discos Rapsódia e da Casa Figueiredo, é hoje a editora mais antiga do país. Esteve no início de Nel Monteiro e até de Zeca Afonso.

Foi Armando quem convenceu os sócios a apostar na fabricação das cassetes, nos tempos em que a a cassete ainda era "o futuro". Aqui ainda é o presente, pelo menos por enquanto — há fita suficiente em "stock", mas a cassete propriamente dita começa a escassear.

Uma história abreviada de um processo complexo, quase em vias de extinção.

Amanda Ribeiro / Público, 21/03/2012

http://p3.publico.pt/cultura/mp3/2554/no-interior-da-cassete

Lê mais sobre a história da Edisco na edição impressa do PÚBLICO e sobre as cassetes no P3.

VIDEO

Video no youtube (No interior da cassete)

É o único sítio do mundo onde tratam da mesma forma “Let’s Talk About Love”, dos Modern Talking, e o Grupo Folclórico de S. Torcato. É a única fábrica de cassetes da Península Ibérica. Verdes, vermelhas, amarelas, pretas, transparentes e alinhadas, fita imaculada à espera das bandas, que agora aparecem com uma “pen” no bolso. Nos anos 80, a Edisco, na Maia, chegou a gravar e embalar 15 mil cassetes por dia. Agora são no máximo 300 por mês. “São os roqueiros”, como diz Armando Cerqueira, orgulhoso das suas máquinas onde um dia correu “Balada de Outono” e “Os Vampiros”, de Zeca Afonso.

Luis Octavio C
osta / Público (P3)

http://p3.publico.pt/cultura/mp3/2536/falemos-de-cassetes

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